O livro "Princípios", de Ray Dalio, é um grande sucesso, principalmente entre os investidores. Mas sua leitura pode ser útil para qualquer um que queira estabelecer e atingir metas e objetivos, de qualquer espécie.
Ray Dalio é fundador e copresidente da Bridgewater Associates, uma das maiores e mais bem sucedidas empresas de hedge do mundo. Dalio frequentemente é chamado de "Steve Jobs dos investimentos", e isso não é sem razão.
Além do interesse natural que os escritos de um dos maiores investidores desperta, o método como estabelece seus "princípios" é digno de muita atenção e estudo. O autor segue um processo cíclico e contínuo, em aspirais ascendentes, segundo a seguinte sequência:
Metas Audaciosas > Fracasso > Aprender Princípios > Evoluir > Estabelecer Metas Mais Audaciosas.
Esse processo contínuo e evolutivo garantiria uma sistematização das decisões, racionalidade (ao agir conforme princípios pré-estabelecidos, e não segundo as emoções) e praticidade, uma vez que a relação de princípios funcionaria quase que como "receitas de bolo" para as diversas situações, bastando identificar corretamente o problema e o princípio adequado para agir sobre ele.
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Ray Dalio em palestra do TED Talks (Foto: Bret Hartman/TED/Divulgação) |
O livro é fantástico, e o autor trabalha detalhadamente cada um dos princípios que ele estabeleceu, tanto na parte I, onde descreve seus princípios de vida, quanto na parte II, onde relata os princípios que usa para investimentos. Mas, mais do que copiar os seus princípios, acho que vale a pena um esforço para implementar, em alguma medida, o insight principal do livro: ou seja, estabelecer claramente quais são os princípios que nos norteiam. Certamente não serão 100% iguais aos de Ray Dalio, mas ter claramente definidos nossos próprios princípios deixaria mais práticos e eficientes nossos processos decisórios, além de permitir identificar com clareza onde estão nossos problemas, e como poderemos trabalhar para solucioná-los. A busca por estabelecer nossos próprios princípios também nos conduziria, necessariamente, a um profundo e honesto processo de autoconhecimento.
E você, já parou para pensar quais são os princípios que regem suas decisões? Que tal um exercício de autoconhecimento, colocando no papel cada um dos seus princípios e em que situações você os aplica?
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